sábado, 19 de junho de 2010

O Menino e a Estrela

"O medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento. E nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca de seus sonhos. O coração tem razões que a própria razão desconhece."



Conta uma lenda, que havia um menino que todos os dias passeava pela praia... Entretanto, seu passeio tinha um fim solidário e nobre, pois ele devolvia ao oceano, inúmeras estrelas do mar que estavam morrendo na praia, trazidas pelas ondas.

O menino sentia pena de ver as estrelas expostas ao sol, morrendo aos poucos e mesmo que não pudesse ouvir o grito de socorro das mesmas, sensibilizava-se com aquela situação e com isso, impedia que muitas delas continuassem morrendo. Certamente, sentia-se gratificado em poder cooperar para a preservação da espécie.

O garoto era sempre observado por uma senhora que também caminhava pela orla da praia, mas que nada fazia em prol das estrelas do mar, pois seu passeio tinha um fim eminentemente estético. Recomendação médica. A curiosa senhora perguntou ao garoto: de que adiantava devolver as estrelas ao mar, se muitas delas continuariam morrendo? O menino, apesar da pouca idade, com sabedoria lhe respondeu: é verdade muitas delas continuarão morrendo...

O garoto atirou outra ao mar e disse - mas pelo menos, para aquelas que consegui devolver ao mar e salvar, estarei fazendo a diferença.

A todos um lindo fim de semana..

sábado, 12 de junho de 2010

Medo

"O medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento. E nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca de seus sonhos. O coração tem razões que a própria razão desconhece."




A maioria de nós seres humanos sente algum tipo de medo... Sentimento, o qual, muitas vezes parece ser maior do que aquilo que poderíamos suportar. Tento medo do desconhecido, da ameaça de dor e de outras coisas que as pessoas possam nos induzir a sentir a fim de obter o controle sobre nossas emoções.

Você tem medo de se apaixonar?

Medo de sofrer o que não está acostumado... Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo do que os outros podem dizer... Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros... Medo se o telefone toca, se o telefone não toca... Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa... Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo... Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente... Não suportar ser olhada com esmero e devoção... Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas.

Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse uma flor, de ser tragada como se fosse leve... Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida... Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar... Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer... Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta... Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia.

Medo do imprevisível que foi planejado... Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue... Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo... O corpo mais lado da fraqueza... Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado... Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente... Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam... Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado... Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele... Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas... Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar, mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz.

Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz... Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas... Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer... Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção... Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas... Medo de que ele não precise de você... Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira.

Medo do cheiro dos travesseiros... Medo do cheiro das roupas... Medo do cheiro nos cabelos... Medo de não respirar sem recuar... Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo... Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego... Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade... Medo de não soltar as pernas das pernas dele... Medo de soltar as pernas das pernas dele... Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir... Medo da vergonha que vem junto da sinceridade... Medo da perfeição que não interessa... Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida... Medo de estragar a felicidade por não merecê-la... Medo de não mastigar a felicidade por respeito... Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la... Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar... Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou... Medo de faltar as aulas e mentir como foram... Medo do aniversário sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar... Medo de enlouquecer sozinha.

Não há nada mais triste do que esta sozinho!

Um Feliz Dias Dos Namorados