sábado, 27 de junho de 2009

Qual o Caráter deste Destino

"O medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento.
E nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca de seus sonhos.
O coração tem razões que a própria razão desconhece."


Estrelas espaçadas piscavam displicentes
aproveitando a ausência temporária
da grande e majestosa Lua.

Um beijo.
Um carinho no rosto.
Um adeus.

E assim o grande amor da minha vida se foi...

As nuvens escuras tomaram o céu.
E a noite perdeu sua graça e seus sons.

Ah sim...Faltou.
E faltou o que não foi
e o que foi sem ter acontecido
e mesmo acontecendo não foi o bastante.
Ah sim, faltou.

O seu perfume foi mas ficaram tantas dúvidas...

Diga-me, meu amor, mesmo em palavras tortas
qual é o gosto destas lágrimas... Mostra-me, seja com mapas ou rabiscos
qual é a intenção e o caráter deste destino...

Eu não sei dizer adeus, simplesmente não sei...
Não para quem eu amo verdadeiramente!!!

E penso que deveria deixar de ser prolixo e ser mais contundente com as minhas vontades.. Mas este imaginário sussurra... “Aguente.”

Não sou poeta, você sabe.
E nem tenho pretensão de ser, também sabes.
Não sei como sintetizar todos os sentimentos do amor em simples palavras.

Ou melhor.... Eu nunca soube.

Se eu disse o que pensava, se eu escrevi o que sentia foi apenas por ti. Precisavas, sim...
Precisava me olhar nos olhos agora para encontrar toda a poesia do mundo uma vida inteira dentro dessas lágrimas.

Alguma coisa está errada em mim e sangra... E dói.

Mas meu amor, diga-me...
Amor- verdadeiro morre?

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Tulipas

"O medo de sofrer é pior do que o próprio sofrimento.
E nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca de seus sonhos.
O coração tem razões que a própria razão desconhece."


Ela gostava de flores... Tulipas. E de poesias também. Consumia as frases que pareciam feitas para ela com um sorriso de criança e um aperto no peito que insistia em não passar. Gostava de se apaixonar todos os dias.

E já tinha se apaixonado bastante. Mais do que devia, Menos do que gostaria, pensava. E apaixonara-se por tantas pessoas e lugares que não lhe cabia mais apegar-se por esse ou aquela outra coisa, a não ser seus sonhos e ideais. Sua alma deveria pertencer ao mundo, ela tinha certeza disso.

De muitas bocas arrancou sorrisos. De outras tantas, beijos. Foi Lóri e teve seu Ulisses. Foi Julieta, foi Isolda. Foi tudo que queria e podia ser. E foi sincera quando fingia prazer e rendia-se aos desatinos do destino. Traçou planos de fuga e desculpas para si mesma. E desculpou-se.

O tempo passou e hoje aquela menina está silenciosa porém feliz, contemplativa como quem aceita de forma pacífica o inevitável. E carrega consigo o seu testemunho do amor pela vida. Mas ainda gosta de poesia e flores... Tulipas.